sexta-feira, 24 de abril de 2015

Hoje completa 12 anos da histórica vitória sobre o Boca em plena La Bombonera

Iarley comemora o gol da vitória bicolor em La Bombonera (Foto: Daniel Garcia/AFP)
Uma vitória sobre o Boca Juniors em plena La Bombonera naquele dia 24 de abril de 2003 nem o torcedor bicolor mais otimista esperava por isso.

Até a imprensa no Brasil e na América Latina esperava por um “passeio” argentino diante do Paysandu. Afinal, apenas o Santos de Pelé, em 1963, e o Cruzeiro de Ronaldo Fenômeno, em 1994, haviam vencido a temida equipe treinada pelo carrancudo, porém vitorioso, Carlos Bianchi.

O time do Boca era recheado de jogadores reconhecidos e que já despertavam o interesse de clubes europeus. Barros Schelotto, Carlitos Tevez, Pato Abbondanzieri, além de Nicolas Burdisso, Cagna e Clemente Rodriguez deixariam o time de Buenos Aires pouco tempo depois daquela competição para alçar voos maiores no velho continente.

Pelo lado bicolor, o cenário era bem mais modesto e pouco conhecido. Quem era Velber, que mais tarde jogaria no São Paulo; Sandro Goiano, o capita do Grêmio; ou Iarley, aquele que se sagraria bicampeão mundial, inclusive pelo Boca? A resposta hoje, doze anos depois, está na ponta da língua de qualquer torcedor bicolor: os jogadores que fizeram história num local, na época, temido pelos grandes clubes do futebol brasileiro.

Time bicolor


O gol histórico

Aos 22 minutos do segundo tempo, com um jogador a menos em campo – Vanderson havia sido expulso – o goleiro Ronaldo escorrega e erra a cobrança do tiro de meta. Assim que começou a jogada do gol do Papão sobre o time argentino, meio que sem querer.


– Na verdade, começou comigo escorregando no tiro de meta e aí a bola caiu no pé do Jorginho. Ele até pegou um susto, mas já ligou direto com o Sandro, que já deixou o Iarley na cara do gol. - Ronaldo.

Goleiro Ronaldo 'fechou' o gol do Papão


Após o gol de Iarley, os bicolores tinham cerca de 25 minutos para segurarem o placar, e marcarem o nome na história do futebol brasileiro. Foi quando entrou em cena o Willis Gomes Dias, o goleiro Ronaldo, um dos grandes responsáveis pela vitória. Um “sofrimento” vivido por ele que, na verdade, começou bem antes do jogo começar, quando Ronaldo soube que iria ser o goleiro titular.

Veja algumas manchetes depois da vitoria Bicolor:

(Foto: Fotolog)
Esse dia estar marcado na mémoria de todos os torcedores bicolores, um dos maiores feitos que o Paysandu Sport Club já fez.

Ficha técnica:

Boca Juniors (0): Abbondanzieri; Ibarra (Calvo), Burdisso, Crosa e Rodríguez; Battaglia (Moreno), Cascini, Cagna (Tévez) e Donet; Schelotto e Delgado / Técnico: Carlos Bianchi

Paysandu (1): Ronaldo; Rodrigo (Gino), Jorginho, Tinho e Luis Fernando; Vanderson, Lecheva (Bruno), Sandro e Vélber (Rogerio); Iarley e Robgol / Técnico: Dario Pereyra

Local: Estádio La Bombonera (Buenos Aires)

Público: 40 mil pessoas

Árbitro: Carlos Amarilla (Paraguai)

Nenhum comentário:

Postar um comentário