Iarley comemora o gol da vitória bicolor em La Bombonera (Foto: Daniel Garcia/AFP) |
Até a imprensa no Brasil e na América Latina esperava por um “passeio” argentino diante do Paysandu. Afinal, apenas o Santos de Pelé, em 1963, e o Cruzeiro de Ronaldo Fenômeno, em 1994, haviam vencido a temida equipe treinada pelo carrancudo, porém vitorioso, Carlos Bianchi.
O time do Boca era recheado de jogadores reconhecidos e que já despertavam o interesse de clubes europeus. Barros Schelotto, Carlitos Tevez, Pato Abbondanzieri, além de Nicolas Burdisso, Cagna e Clemente Rodriguez deixariam o time de Buenos Aires pouco tempo depois daquela competição para alçar voos maiores no velho continente.
Pelo lado bicolor, o cenário era bem mais modesto e pouco conhecido. Quem era Velber, que mais tarde jogaria no São Paulo; Sandro Goiano, o capita do Grêmio; ou Iarley, aquele que se sagraria bicampeão mundial, inclusive pelo Boca? A resposta hoje, doze anos depois, está na ponta da língua de qualquer torcedor bicolor: os jogadores que fizeram história num local, na época, temido pelos grandes clubes do futebol brasileiro.
Time bicolor |
O gol histórico
Aos 22 minutos do segundo tempo, com um jogador a menos em campo – Vanderson havia sido expulso – o goleiro Ronaldo escorrega e erra a cobrança do tiro de meta. Assim que começou a jogada do gol do Papão sobre o time argentino, meio que sem querer.
– Na verdade, começou comigo escorregando no tiro de meta e aí a bola caiu no pé do Jorginho. Ele até pegou um susto, mas já ligou direto com o Sandro, que já deixou o Iarley na cara do gol. - Ronaldo.
Goleiro Ronaldo 'fechou' o gol do Papão
Após o gol de Iarley, os bicolores tinham cerca de 25 minutos para segurarem o placar, e marcarem o nome na história do futebol brasileiro. Foi quando entrou em cena o Willis Gomes Dias, o goleiro Ronaldo, um dos grandes responsáveis pela vitória. Um “sofrimento” vivido por ele que, na verdade, começou bem antes do jogo começar, quando Ronaldo soube que iria ser o goleiro titular.
Veja algumas manchetes depois da vitoria Bicolor:
(Foto: Fotolog) |
Esse dia estar marcado na mémoria de todos os torcedores bicolores, um dos maiores feitos que o Paysandu Sport Club já fez.
Boca Juniors (0): Abbondanzieri; Ibarra (Calvo), Burdisso, Crosa e Rodríguez; Battaglia (Moreno), Cascini, Cagna (Tévez) e Donet; Schelotto e Delgado / Técnico: Carlos Bianchi
Paysandu (1): Ronaldo; Rodrigo (Gino), Jorginho, Tinho e Luis Fernando; Vanderson, Lecheva (Bruno), Sandro e Vélber (Rogerio); Iarley e Robgol / Técnico: Dario Pereyra
Local: Estádio La Bombonera (Buenos Aires)
Público: 40 mil pessoas
Árbitro: Carlos Amarilla (Paraguai)
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