O Paysandu apresentou oficialmente o pernambucano Dado Cavalcanti na manhã desta quarta-feira, no Estádio da Curuzu, como o treinador do elenco de futebol profissional para o restante da temporada. A comissão técnica é formada, ainda, pelo auxiliar Wilton Bezerra e o preparador físico Fred Pozzebon. No primeiro contato com a imprensa, Dado citou dois motivos para a aceitação do convite do Papão: as boas informações do trabalho desenvolvido pela atual diretoria e as conquistas pelo Ulbra, de Rondônia, onde foi bicampeão estadual em 2006 e 2007.

- É normal no futebol a gente procurar as informações de como as coisas estão funcionando nos clubes, e as que me passaram do Paysandu foram muito boas. O elenco conta com alguns jogadores com quem já trabalhei, como o William Alves, Dão, Leleu, e outros foram adversários, como Pikachu, Leandro Cearense, Radamés... Tudo isso pesou na hora da decisão. Um fator decisivo foi o fato de já ter trabalhado na região, como nas duas vezes pelo Ulbra. Vestir essa camisa é um novo desafio e estou bastante motivado.
etodologia de trabalho baseada em método português
Dado é adepto de uma metodologia diferente da usada pela maioria dos treinadores brasileiros. Ele prefere trabalhos específicos, treinos curtos, entretanto, mais intensos, a maioria deles sem o tradicional coletivo apronto. O sistema é chamado de periodização tática, método elaborado em 1989 pelo português Victor Frade. A teoria pode parecer um pouco complicada na hora de se colocar em prática, fato que, segundo Dado, tem sido bem aceito pelos jogadores, mas que ainda precisa de um maior entendimento por parte dos dirigentes. Ele cita o caso do Ceará, onde foi demitido com mesmo tendo um bom aproveitamento.
- É uma metodologia de trabalho integrada. Não existe só o físico, por exemplo, mas o treinamento do futebol pelo futebol. Não é o treinar com bola, mas a forma de jogar. Primeiro preciso descobrir as peças (jogadores), adotar um modelo de jogo e só treinar em cima dele. O trabalho físico é feito especificamente em cima de cada atleta.
- A aceitação dos jogadores é positiva, pois constantemente estão treinando de forma competitiva. Isso leva a um pouco mais de paciência nos jogos e talvez dificulte um pouco. Geralmente as pessoas fazem isso em período de pré-temporada, e no Brasil existe muito imediatismo. É inegável os números no Ceará. Éramos líderes geral, foram cinco vitórias, três empates e uma derrota. Fiz muitas trocas, muitos giros, não pretendo fazer aqui, mas acredito que houve uma falta de entendimento que me atrapalhou especificamente no Ceará.
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